
O prazo para o anúncio – dizemos nós –, “depois do Carnaval”, é da tradição baiana, pois não é de bom tom estragar a festa de ninguém, e, no presente caso, permite ajustes finais e outras definições importantes na chapa.
A preocupação do prefeito ACM Neto está reduzida agora a acalmar o ex-governador Paulo Souto, de cuja reação, ao apresentar-se candidato depois de ter desistido e não aceitar o Senado, não gostou.
Souto seria um candidato de estatura a senador, embora tivesse de enfrentar um adversário tido no meio político como forte, o vice-governador Otto Alencar. Entretanto, já prestará um grande serviço ao prefeito e ao partido se quiser ser deputado federal.
Empenho de Neto será de não deixar dúvida – Os geddelistas têm plena confiança na participação efetiva de Neto na campanha, e era para terem mesmo, porque não faria sentido o prefeito resistir em seu próprio partido, em nome de uma aliança que lhe é mais interessante, para depois fazer corpo mole.
Ainda que, hipoteticamente, como se cogita no meio político, o prefeito possa desejar, no íntimo, uma derrota de Geddel, seguramente mergulhará no apoio ao candidato, o que poderá ser a senha para a formação de uma força com capacidade hegemônica na Bahia.
O que se depreende de seus passos autônomos na política, desde a morte do senador ACM, é que Neto vê muito adiante, e sua candidatura, na verdade, é a líder carismático em futuro que ainda não se pode precisar.
Nesse ponto, volta a conversa com admiradores do ex-ministro: as opções são várias, a começar, em caso de vitória, pela questão da reeleição, passível de acordo, na consideração de que outros postos importantes estarão em jogo no período.
Prefeito administra conflito de prioridades – A tentativa de última hora de resistência dos soutistas decorreu, aparentemente, de uma interpretação emergente: a expressiva avaliação positiva do prefeito na primeira pesquisa nacional dos novos governantes empossados em 2013.
Como primeiro colocado entre os gestores das principais capitais, com 15 pontos de frente para o segundo, teve a posição valorizada pelas condições em que se encontrava Salvador, tornando-se, portanto, uma “grande eleitor”, e isso aguçou o apetite da turma do DEM.
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